O famoso cigarro eletrônico, popular entre os jovens, ilude ao transmitir a idéia de ser menos prejudicial à saúde do que os cigarros tradicionais. No entanto, estudos cada vez mais frequentes têm revelado os riscos associados ao uso dos chamados vapes, especialmente em relação aos problemas cardiovasculares.
Afinal, vaper faz mal?
O cigarro eletrônico cria uma falsa sensação de segurança durante o consumo, levando muitos a utilizá-lo como uma alternativa para substituir o hábito de fumar, como se fosse um tratamento para o tabagismo. Essa percepção está completamente equivocada.
Apesar de não possuir o odor característico do cigarro e oferecer sabores agradáveis, a versão eletrônica não está isenta de malefícios. A nicotina líquida e outras substâncias tóxicas e cancerígenas presentes no vaper podem acarretar problemas tanto para o usuário quanto para aqueles ao seu redor, assim como ocorre com o cigarro comum. Além disso, não é verdade que o uso do cigarro eletrônico não causa dependência química, pois a nicotina presente pode levar sim ao vício.
Vaper e o Coração
No que diz respeito à saúde cardiovascular, a nicotina líquida também traz malefícios. Ela causa o estreitamento e enrijecimento das artérias, além de espessar o sangue, aumentando as chances de obstrução das artérias e, consequentemente, de um infarto. Estudos recentes indicam que o cigarro eletrônico pode elevar a frequência cardíaca e a pressão sanguínea, bem como aumentar o risco de formação de placas nas paredes das artérias, o que pode levar a um ataque cardíaco ou derrame. O uso do aparelho também pode aumentar as chances de uma crise de angina, caracterizada por dor torácica causada pela falta de sangue no músculo cardíaco. Além disso, a arritmia, um distúrbio que causa a sensação de que os batimentos cardíacos estão fora de ordem, pode ser desencadeada pelo uso do cigarro eletrônico.
É importante lembrar que, apesar da ampla utilização dos vapes, sua comercialização, importação e propaganda são proibidas no Brasil desde 2009. Segundo a American Heart Society, como os cigarros eletrônicos são relativamente novos, ainda é necessário obter mais dados e realizar pesquisas para obter evidências sobre seus efeitos a longo prazo. No entanto, a entidade alerta que não é recomendado utilizar o vaporizador como solução para parar de fumar.
É fundamental entender que outras questões, como estresse, ansiedade e questões emocionais, podem estar associadas ao hábito de recorrer ao cigarro. É importante lembrar que existem outros caminhos saudáveis para se livrar desse vício, que podem ser seguidos com o acompanhamento e apoio do médico.
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