Para que o coração possa bater com vigor e vitalidade, é crucial que o sangue que ele bombeia pelo corpo e suas estruturas, como válvulas e artérias, estejam em perfeita saúde. Infelizmente, o diabetes é um vilão que compromete o funcionamento cardíaco, aumentando o risco de ataques cardíacos e outras doenças cardiovasculares.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), existem atualmente cerca de 13 milhões de brasileiros sofrendo com essa doença, que é considerada um dos principais fatores de risco para problemas cardíacos. De acordo com a SBD, mulheres diabéticas têm até 50% mais chances de sofrer um ataque cardíaco do que aquelas sem diabetes. Já para os homens, o risco é de até 40%.
A crescente prevalência do diabetes tem assombrado tanto o Brasil quanto o resto do mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), atualmente temos uma impressionante quantidade de 12.054.827 pessoas com diabetes no país. Esses números foram atualizados a partir do antigo Censo de Diabetes, realizado na década de 80, e do Censo do IBGE em 2010.
Contudo, o problema não se restringe apenas ao solo brasileiro. O Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF) nos dá uma perspectiva global, e ela é bastante alarmante. Em 2000, o número de adultos com diabetes era de 151 milhões. Nove anos depois, esse número saltou para impressionantes 285 milhões, mostrando um crescimento de 88%.
E por que estamos enfrentando essa epidemia de diabetes? De acordo com o IDF, o estilo de vida moderno é, em grande parte, o culpado por esse aumento alarmante. Comemos mal, fumamos e grande parte da população está obesa. Parece que estamos brincando de roleta russa com nossas próprias vidas, e o diabetes é a maldita bala na arma.
Esses números e causas não são para ser levados de forma leve. Precisamos urgentemente repensar nossos hábitos, adotar uma dieta saudável, abandonar o cigarro e nos exercitar mais. Caso contrário, enfrentaremos um futuro sombrio, onde a epidemia do diabetes estará cada vez mais enraizada em nossa sociedade.
Diabetes e coração: qual a relação?
Os fatores que contribuem para o surgimento do diabetes também estão diretamente relacionados ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Estas, por sua vez, são uma das principais causas de morte no Brasil. Portanto, adotar medidas preventivas e buscar tratamentos para o diabetes é essencial para evitar essa ameaça.
Mas como exatamente o diabetes afeta o funcionamento do coração? O diabetes ocorre quando o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina, o hormônio responsável por ajudar a glicose a entrar nas células. Sem insulina, o açúcar permanece na corrente sanguínea, resultando em um acúmulo de glicose no sangue.
Esse acúmulo de glicose no sangue desencadeia processos de obstrução das artérias. O diabetes atua como um "combustível do mal", potencializando esses processos e favorecendo a formação de placas de gordura nas artérias do coração, cérebro e pernas.
Como resultado, pacientes com diabetes têm até 50% mais chances de desenvolver doenças como ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e aneurismas (dilatação dos vasos sanguíneos).
Além disso, o diabetes também contribui para o aumento da pressão arterial e do colesterol. Portanto, controlar o diabetes por meio de dieta e medicamentos é fundamental. É essencial que os pacientes diabéticos sejam acompanhados de perto por um médico cardiologista.
Tipos de Diabetes:
Diabetes Tipo 1 ou juvenil
Este tipo surge quando o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina, em razão de alguma alteração no sistema imunológico, na qual os anticorpos atacam as células que produzem o hormônio. Acomete cerca de 5 a 10% dos diabéticos.
Diabetes Tipo 2
Tem como mecanismo mais comum a resistência à insulina. Neste caso, o pâncreas pode até ser sobrecarregado mantendo uma produção acima do normal de insulina. O que ocorre é uma dificuldade da insulina agir corretamente nos seus pontos de ação (músculos, tecido gorduroso e fígado, em particular). Este tipo está presente em cerca de 90% dos diabéticos.
Diabetes Gestacional
Aparece quando há diminuição da tolerância à glicose e é diagnosticado pela primeira vez na gestação, podendo ou não continuar após o parto.
Outros tipos
São tipos de diabetes decorrentes de questões genéticas associados com outras doenças ou com o uso de medicamentos.
Principais Sinais e sintomas da diabetes
vontade de urinar muitas vezes;
fome frequente;
sede constante;
perda de peso;
fraqueza;
fadiga;
náusea;
vômito.
infecções frequentes;
visão embaçada;
dificuldade na cicatrização de feridas;
formigamento nos pés;
A prevenção ao diabetes é proteção ao coração, caso você sinta algum dos sintomas citados a cima, procure seu Médico Cardiologista.
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