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Foto do escritorBruna Koroluk

Coração e Doenças Autoimunes

As doenças autoimunes são aquelas em que o sistema imunológico ataca as próprias estruturas do organismo. Elas podem ter um impacto sério na saúde, mas será que o coração também pode ser afetado por elas? Hoje, vamos explorar essa questão e discutir as medidas preventivas que os portadores de doenças autoimunes devem tomar para manter uma boa saúde cardíaca.


Principais Doenças Autoimune que Comprometem a Saúde do Coração


Existem várias doenças autoimunes, que foram reclassificadas recentemente como doenças sistêmicas imunomediadas. Essas categorias incluem doenças autoimunes e doenças autoinflamatórias. No primeiro grupo, temos a artrite reumatoide, por exemplo. Já no segundo grupo, temos as doenças inflamatórias intestinais. No entanto, o termo mais comumente usado ainda é "doença autoimune".


Essas doenças ocorrem quando o sistema imunológico gera anticorpos contra estruturas do próprio organismo, que não são consideradas fatores agressivos em indivíduos saudáveis. Por exemplo, um indivíduo com artrite reumatoide desenvolve anticorpos contra suas próprias articulações, o que causa dor e a degradação dessas articulações.


Algumas doenças autoimunes afetam o coração mais do que outras.


O diabetes tipo 1, por exemplo, é considerado uma doença autoimune, mas o grau de comprometimento cardíaco depende do controle glicêmico. Se o paciente mantiver a glicemia sob controle, ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos, a probabilidade de problemas cardíacos será menor. No entanto, outras doenças autoimunes podem causar desde comprometimentos leves até severos no coração.


Como por exemplo:

- Lúpus Eritematoso Sistêmico;

- Artrite Reumatoide;

- Esclerodermia;

- Sarcoidose;

- Churg-Strauss;

- Wegener.


Para avaliar a saúde cardíaca em pacientes com doenças autoimunes, é essencial que um médico cardiologista especializado faça a avaliação inicial com um ecocardiograma, que pode indicar qualquer alteração. O miocárdio e o endocárdio, que são tecidos do coração, são as estruturas mais frequentemente afetadas nessas doenças. Uma ressonância magnética também pode ser realizada para detectar miocardite e diferenciar os danos como isquêmicos ou inflamatórios.


Exames de sangue, para avaliar biomarcadores, podem fornecer resultados falsos, por isso, os exames de imagem e os sinais clínicos são sempre a melhor forma de avaliação. É importante observar também se há presença de aterosclerose prematura em pacientes com doenças autoimunes. Essa doença crônica e inflamatória costuma ser associada a distúrbios lipídicos, mas agora sabemos que todos os braços do sistema imunológico estão envolvidos. Portanto, é essencial estar atento aos mecanismos que promovem a formação de placas ateroscleróticas, já que os portadores de doenças autoimunes podem apresentar uma maior sensibilidade para essa doença.


O tratamento de muitas doenças autoimunes normalmente envolve o uso de corticoides, que diminuem a atividade do sistema imunológico. No entanto, esses medicamentos também aumentam a prevalência de placas de gordura nas artérias coronárias. Por isso, é necessário um acompanhamento próximo da saúde geral dos pacientes, principalmente em relação ao colesterol LDL, que é considerado o "colesterol ruim".


Em resumo, as doenças autoimunes podem afetar o coração, mas os cuidados adequados, o acompanhamento médico especializado e a adoção de um estilo de vida saudável podem ajudar a minimizar esses riscos. É fundamental que os portadores de doenças autoimunes recebam um cuidado especializado para garantir uma boa saúde cardíaca.


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