Estamos enfrentando uma onda de calor que nos faz questionar como será o próximo verão. Nos últimos dias, os termômetros em todo o Brasil têm ultrapassado os 35 graus. Estudos revelam como essa situação pode afetar o coração.
Uma pesquisa publicada na revista Circulation em 2020 analisou as taxas de mortalidade cardiovascular ao longo de sete anos no Kuwait, onde as temperaturas diárias podem chegar a mais de 40ºC nos meses mais quentes. Os pesquisadores descobriram uma conexão entre o aumento das temperaturas e o risco de mortes por doenças cardiovasculares, principalmente entre temperaturas de 35 a 42 graus Celsius.
A exposição a altas temperaturas não apenas aumenta o risco de exaustão por calor e insolação, mas também pode representar um desafio especial para a saúde do coração. Isso ocorre porque as altas temperaturas sobrecarregam o sistema cardiovascular e fazem com que o coração trabalhe mais. Isso pode aumentar as chances de ataques cardíacos, arritmias cardíacas (batimentos cardíacos irregulares) e insuficiência cardíaca.
De acordo com a Agência de Proteção Ambiental, a interação entre calor intenso e doenças cardiovasculares contribui para cerca de um quarto das mortes relacionadas ao calor.
Para se proteger, é essencial evitar a exposição ao sol nos dias mais quentes. Para atividades ao ar livre, prefira os horários da manhã e da noite, quando o calor é menos intenso. Mantenha-se hidratado, bebendo cerca de 240 ml de água a cada 20 minutos.
No entanto, se você tiver insuficiência cardíaca, consulte seu médico para saber quanto líquido você deve beber diariamente, pois o acúmulo de líquidos pode causar inchaço.
Se você estiver tomando diuréticos, pergunte ao médico qual a quantidade de líquido que deve ser ingerida durante o tempo quente.
Independentemente do clima, é importante consultar um cardiologista para garantir que seu coração esteja preparado para enfrentar qualquer situação.
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