Com a inflação em alta e a economia ainda em recuperação, os brasileiros estão enfrentando um aumento recorde no endividamento. Porém, o que muitos não sabem é que esse cenário também traz riscos para a saúde do coração. Um estudo realizado pela Northwestern University (EUA) revelou que quanto maiores as dívidas, maiores os riscos de desenvolver doenças cardíacas.
O coração em risco acontece porque o endividamento impacta negativamente na saúde psicológica, gerando uma constante sensação de insegurança. Como resposta a essa situação, é comum surgirem quadros de ansiedade, depressão e estresse crônico. De acordo com a American Heart Association, quando estamos deprimidos, ansiosos ou estressados constantemente, nosso ritmo cardíaco e pressão arterial aumentam, o fluxo sanguíneo para o coração é reduzido e o corpo produz níveis mais altos de adrenalina e cortisol.
Essas substâncias estimulam o coração a trabalhar mais rápido, exigindo um esforço extra do órgão. Além disso, ocorrem outras mudanças no corpo, como a contração ou dilatação excessiva das artérias, digestão mais lenta e menor fluxo de sangue para os órgãos internos. O corpo também mobiliza energia e libera mais açúcares e gorduras na corrente sanguínea para uso dos músculos. Tudo isso acaba sobrecarregando o coração.
Os resultados desse quadro são o enrijecimento da parede dos vasos sanguíneos e o acúmulo de placas de gordura. Isso aumenta o risco de hipertensão e diabetes, devido ao aumento do nível de glicose. Além disso, as chances de desenvolver doenças e complicações cardiovasculares, como insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana, infarto e AVC, também aumentam.
Para se ter uma ideia da gravidade dessa situação, estima-se que aqueles que enfrentam volatilidade na renda têm mais do que o dobro do risco de apresentar problemas cardíacos e quase o dobro das chances de morrer precocemente, em comparação com aqueles que possuem uma renda mais estável.
É importante ressaltar que essas informações são baseadas em estudos científicos e reforçam a necessidade de cuidarmos tanto da nossa saúde financeira quanto da nossa saúde física e mental. Buscar formas de lidar com o endividamento de maneira saudável e buscar apoio profissional quando necessário são medidas essenciais para preservar a saúde do coração e garantir um futuro mais tranquilo.
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